Matthew Slater é um jogador diferenciado em diversas formas. Aos 35 anos de idade, o capitão chega num ponto onde fez uma carreira invejável numa função onde muitos não dão importância na liga, no special teams.
Kickers e punters já não são muito valorizados pela torcida, imagina então um gunner. Mas o profissionalismo de Matthew junto com o carisma e respeito que sempre mostrou pelo esporte e pelos companheiros de trabalho, fizeram de Slater um exemplo a se seguir.
Ainda bem que o mundo girou da forma certa e fez o então rapaz da universidade de UCLA, que se formou em Ciências Políticas e já mostrava seu talento nos chutes e retornos, se encontrar com Belichick, um treinador que sempre deu tanta atenção aos especiais.
Agora, 13 temporadas depois, todas atuadas com a camisa dos Patriots. Matthew Slater admite que o pensamento da aposentadoria chegou.
Estou num ponto da minha carreira onde não sei o quanto mais de football eu tenho. Quando somos novos, sempre pensamos na próxima temporada, na carreira que você espera ter. Agora, minhas emoções quando penso são cheias de gratidão.
E o capitão disse que até num momento como esse, o aprendizado que teve com Belichick serve.
Eu vou tirar um tempo. O Coach sempre fala que não devemos tomar nenhuma decisão logo depois da temporada, no dia seguinte. Então vou rezar um pouco e pensar sobre isso tudo e ver como vai ser.
Slater entrou para a NFL no Draft de 2008 sendo selecionado pelo New England Patriots na quinta rodada, escolha de número 153. E sabe que isso mudou a sua vida.
Eu amo esse time. Foi o único trabalho de verdade que eu tive na vida, então sinto que tenho uma dívida com eles (Patriots). Eles cederam para mim e minha família uma oportunidade incrível. Eu vou sempre apoiar esse time.
Nada está decidido e Matthew deixou bem claro isso.
Eu certamente ficarei com a mente aberta para continuar, contanto que seja razoável e funcione para mim e minha família.
Eu (Felipe) tive o prazer de conhecer e falar com Slater e posso dizer que capitão não se escolhe à toa. Matthew foi uma das, senão a, pessoa que melhor me tratou, me deu atenção e se mostrou feliz com a minha presença no training camp em 2016 quando tive a oportunidade de cobrir na época para o Patriotas. Eu nunca vou esquecer do papo (rápido) que tivemos e do que ouvi dele… definitivamente capitão não se escolhe à toa.