Com o aumento do salary cap, a NFL viu uma explosão nos contratos dos free agents desta offseason. Apesar disso, os Patriots se mantiveram fiéis a sua filosofia.
Mesmo com o mercado inflacionado, Patriots mantêm sua filosofia
Até agora, New England contratou três agentes livres: Matt Tobin, Jeremy Hill e Adrian Clayborn. O mais caro foi o terceiro, que receberá $10 milhões totais nas próximas duas temporadas.
Esse valor é consideravelmente baixo quando o comparamos com as outras contratações ao redor da liga. Para se ter uma noção, o OLB Trent Murphy – que perdeu toda a temporada 2017 com uma lesão nos ligamentos e ainda foi suspenso – recebeu um contrato de $22,5M por 3 anos. Como comparação, o LB Kyle Van Noy estendeu seu vínculo com os Pats ano passado e embolsará $11M nos próximos dois anos.
Murphy é só um exemplo de jogador que foi overpriced. O próprio Nate Solder, apesar da ótima carreira que construiu, não é o melhor tackle da liga, mas mesmo assim virou o mais bem pago.
A alta inflação no mercado pode se dar devido à fraca classe de free agents de 2018. Os melhores logo receberam a franchise tag (Le’Von Bell, por exemplo), restando poucas opções de “nome”.
Mesmo assim, Bill Belichick soube trabalhar e não se deixou levar pelo acréscimo nos preços. O general manager efetuou trocas cedendo e pagando pouco para preencher algumas lacunas. A vinda de Jason McCourty é o melhor exemplo. Após Malcolm Butler assinar por $61,25 milhões com os Titans ($12,25M por ano), New England fechou uma troca por McCourty, tendo que arcar com apenas $2,375M de seu salário, cerca de 20% do anual de Butler.
Obviamente, fatores como idade e durabilidade pesam na montagem do contrato. Mas sem poder competir com as fortunas oferecidas ao redor da liga, Belichick negociou com cautela e não hipotecou o futuro da franquia.