Na temporada passada enfrentamos os Texans e seu quarterback Deshaun Watson. O resultado? Watson teve seu melhor jogo até aquele momento, apareceu para a liga como um possível QB titular e destruiu a nossa defesa.
Um dos motivos foi a ineficiência de nosso pass rush. Esse tópico já foi assunto aqui no site, e a maioria dos analistas concordam que esse foi o pior setor em nossa defesa.
Temporada nova, problemas velhos? Vamos analisar como foi o pass rush nesse reencontro com os Texans e Watson.
Análise do pass rush contra os texans
Que jogo teve nosso pass rush nesse domingo. Foram 12 QB hits em Watson incluindo três sacks. Deatrich Wise parece que tem a receita para conseguir parar o ataque texano:
“É um equilíbrio entre paciência, disciplina e agressividade. É meio como ingredientes. Você não quer colocar muito sal porque é desagradável, muito açúcar, porque é muito doce. Não pode colocar muito de um ou outro se não o gosto fica ruim, você meio que tem que misturar tudo isso junto “.
Interessante notar que a pressão muitas vezes saiu sem blitz, apenas com 4 jogadores, complementada pela boa cobertura na secundária. O time jogou a maior parte do tempo em níquel (3-3-5), e tivemos a pressão vinda de diversos jogadores.

Dont’a Hightower recuperou um fumble no primeiro snap dos Texans. Na campanha seguinte, Keionta Davis teve seu primeiro QB hit na NFL. Dois snaps depois e Trey Flowers e Deatrich Wise dividiram um sack. Malcom Brown acertou Watson e quase consegui um safety. Isso tudo ainda no primeiro quarto.
Os Patriots terminaram com 19 pressões geradas por nove jogadores diferentes, segundo o Pro Football Focus. Ter esse número de jogadores para apressar Watson permitiu que os jogadores da linha defensiva se revezassem e mantivessem a pressão sempre constante. A rotatividade dificultou que os texanos se concentrassem em um único jogador para tentar neutralizar.
Embora a fórmula descrita por Wise tenha sido boa, uma receita mais verdadeira para o sucesso no domingo teria sido assim: partes iguais de paciência, disciplina, agressividade, pitada de um quarterback vindo de uma séria lesão no joelho e uma pitada do que pode ser um das piores linhas ofensivas da NFL.
Tivemos uma diversidade de snaps entre os defensores sendo Trey Flowers (50 snaps), Keionta Davis (35) e Wise (23). O veterano Adrian Clayborn entrou com menos frequência (22), principalmente em situações óbvias de passe, e tivemos uma boa pressão interna com Danny Shelton (40 snaps), Malcom Brown (32) e Lawrence Guy (29) .
Trey Flowers resumiu como foi o setor:
“Você tem muitos caras bons na linha defensiva, seja no interior ou no exterior. Eu sinto que podemos causar problemas contra qualquer time e nós podemos ser produtivos. Eu sinto como se tivéssemos chegado ao jogo confiantes e soubéssemos que seríamos capazes de derrubá-los.”
O pass rush melhorou de verdade ou foi um ponto fora da curva? Vamos descobrir neste domingo na partida contra os Jaguars
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