Se Bill Belichick classificou o jogo de domingo como uma “damn good win”, o que mais eu seria capaz de falar?
Finalmente, após duas frustrantes derrotas, vencemos um jogo contra um dos times vencedores da temporada. Enfim mostramos que este elenco tem sua qualidade e capacidade de sonhar mais alto.
Pode parecer estranho, mas o ponto que mais me anima sobre esta vitória contra um dos times mais badalados desse começo de temporada é que ela veio com nosso ataque vivendo um dia especialmente ruim.
Não fomos perfeitos e mesmo assim vencemos. Imagine se fôssemos!
Se ficou faltando um detalhe para vencermos os Buccaneers ou os Cowboys, contra os Chargers não foi relevante o fato de Mac Jones ter seu primeiro jogo com a real cara de um quarterback calouro.
Acertando pouco mais de 50% dos passes e somando 218 jardas – sendo que 77 delas saíram apenas de um passe para Agholor (44) e outro para Henry (33) – Jones teve um bom começo, pouco mais de dois quartos de mais pura imprecisão, e depois voltou para comandar uma boa última campanha ofensiva.
Bourne sofreu um fumble, mantendo nossa tradição dessa temporada de cometer turnovers. Mas tudo bem.
O jogo terrestre, com 141 jardas no total, deu conta do recado, enquanto a defesa carregou o W de Los Angeles até Foxboro.
Se o play calling foi muito questionável para nosso ataque – até quando vamos desperdiçar tantas viagens para a red zone? – o trabalho defensivo foi exemplar, já se tornando um pesadelo para a tão curta carreira de Justin Herbert.
Adrian Phillips carregou a “lei do ex” na pick six que matou o jogo e fez com que a gente desse mais crédito para nossa secundária.
Perdoe-me, Belichick, mas talvez um “damn good win” não seja o suficiente para o que aconteceu no belíssimo SoFi Stadium. Afinal, parece que foi mais do que uma vitória.
Sempre sabendo a importância de conter o “EMPOLGOU”, foi notória a mudança no semblante dos jogadores no vídeo dos vestiários e nas entrevistas após o jogo.
A vitória parece ter servido como uma belíssima injeção de ânimo para o time que agora vai encarar uma sequência de três jogos em que sonhar com um 7-4 não soa como devaneio.
Jogar um jogo grande e sair com a vitória acaba com aquela sensação de que o time está fadado ao “quase”, mesmo quando é perfeito. Agora é hora de acreditar que dá para vencer, mesmo que uma coisa ou outra saia fora do script.
E para Mac Jones o recado é ainda mais importante: “Se você tiver um dia de calouro, fique tranquilo, calouro! Tem um time todo ao seu lado para apoiá-lo e te carregar se for preciso”.
Domingo vimos uma vitória do T-I-M-E, como tanto gosta Bill Belichick.
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