Aqui no Patriotas, sempre gostamos de afirmar que a versatilidade é uma das principais palavras do vocabulário de Bill Belichick. Analisando o ataque dos Pats em 2017, podemos confirmar essa tese.
Versatilidade do ataque dos Pats atinge outro patamar
Entre os TEs
Primeiramente, vamos observar o grupo de tight ends, formado por Rob Gronkowski, Martellus Bennett, Dwayne Allen e Jacob Hollister.
Os dois primeiros centralizam-se mais nas recepções, e dispensam comentários nessa função, porém, são diversas vezes alinhados como um sexto jogador de linha ofensiva, para ajudar na proteção ao passe ou bloquear para a corrida, fazendo com louvor essa incumbência.
Dwayne Allen tem como principal função os bloqueios, e possui um sólido desempenho nesse quesito. No jogo aéreo, o camisa 83, finalmente, recebeu seu primeiro passe na temporada, contra o Denver Broncos, e foi para touchdown. Allen sempre foi um alvo de Andrew Luck nos Colts, e agora com a confiança retomada, poderá voltar a ser mais inserido no playbook de Brady.
Por fim, o quarto TE do depth chart. Hollister não aparece com frequência no ataque, muito por conta da concorrência desleal com o free agent não draftado. Todavia, foi ele que recuperou o fumble sofrido pelos Broncos no punt, evidenciando sua versatilidade nos special teams.
Entre os WRs
Brandin Cooks, Phillip Dorsett, Chris Hogan e Danny Amendola formam o grupo que alimenta Tom Brady.
Com esses jogadores, Brady tem opção de todo tipo de rota: curta, média, longa, slant, comeback, etc.
A lesão de Julian Edelman, evidentemente, tirou a melhor opção de Tom no slot, e o time ainda sente a ausência dele.
Porém, o nítido talento do grupo faz com que os Patriots tenham o melhor ataque da NFL, e Brady seja o quarterback com mais jardas passadas.
Além de receber passes, os WRs de Belichick são notoriamente conhecidos por bloquear bem. Dentre os quatro atuais, Hogan é o que mais se destaca na função.
Entre os RBs
Chegamos ao setor que evidência a maior versatilidade do ataque de New England em 2017, formado por Mike Gillislee, Dion Lewis, James White e Rex Burkhead.
Lewis vem tendo uma ótima temporada, crescendo gradativamente após a lesão sofrida em 2015. O camisa 33 liderou o time em carregadas nas últimas partidas, além de ser o principal retornador de kickoff, função na qual já anotou um touchdown de 103 jardas.
White estabeleceu um entrosamento sensacional com Brady, e sempre é elogiado pelo pentacampeão. Suas rotas curtas correndo para a sideline dificilmente conseguem ser paradas. Um alvo que é deixado de lado na preparação dos coordenadores defensivos e acaba fazendo estrago.
Burkhead é um dos maiores steals dos Patriots na free agency dos últimos anos. Quando ele chegou, sabíamos que poderia atuar nas quatro descidas, mas não que fosse eficiente em todas. O camisa 34 tem dois touchdown recebidos na temporada, além de uma média de quatro jardas por carregada e um bloqueio de punt.
Para finalizar, o power back Gillislee. Trazido para substituir LeGarrette Blount, ele tem quatro TDs no ano. Dentre os RBs, Mike é o menos versátil e possivelmente por isso ficou que inativo contra os Broncos. Porém, em jogadas para poucas jardas, o ex-Bills continua sendo a primeira opção a se considerar.
Até o FB
Enquanto há equipes na liga que nem fullback tem no elenco, os Patriots fazem de James Develin mais que um mero bloqueador.
O veterano de 29 anos é peça chave para o jogo corrido funcionar, mas também se aventura alinhando-se como tight end em algumas ocasiões. Develin possui cinco recepções para 36 jardas na temporada, números melhores que o de Dwayne Allen, por exemplo.
Portanto, podemos afirmar que do fullback ao wide receiver, o ataque de New England é dotado de uma versatilidade sem igual.